Powered By Blogger

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Morre estudante violentada na Índia

A jovem estuprada por um grupo de homens na Índia, em um ataque que revoltou o país, morreu neste sábado em Cingapura, informou o hospital onde era atendida.
"Nos sentimos muito tristes em informar que a paciente faleceu às 04h45 (18H45 de sexta-feira em Brasília) deste 29 de dezembro de 2012", disse Kelvin Loh, diretor do hospital Mount Elizabeth.
"Sua família e funcionários do governo da Índia estavam a seu lado. A equipe de médicos e enfermeiras do Mount Elizabeth Hospital se une à família em sua dor, lamentando sua perda".
A vítima enfrentava uma infecção pulmonar e uma lesão no cérebro, que já haviam provocado uma parada cardíaca.
A jovem, uma estudante de fisioterapia de 23 anos que não teve o nome divulgado, foi atacada por seis homens em um ônibus de Nova Délhi no dia 16 de dezembro, que a golpearam com uma barra de ferro.
Operada três vezes no hospital Safdarjung da capital indiana por graves ferimentos intestinais, a jovem foi transferida na quinta-feira a Cingapura em estado crítico.
"Apesar de todos os esforços de uma equipe de oito especialistas, seu estado de saúde se deteriorou nos últimos dias", disse o diretor do hospital em Cingapura. "Vários órgãos pararam de funcionar devido às lesões. Ela lutou corajosamente contra a morte por um longo tempo, mas os ferimentos eram excessivamente graves".
Em Nova Délhi, o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, se declarou "profundamente triste" com a morte da jovem, e considerou "compreensíveis" as furiosas manifestações de rua em toda a Índia.
"Estou profundamente triste pela morte da vítima do ataque brutal ocorrido em 16 de dezembro, em Nova Délhi. Já vimos as emoções e as energias que este incidente tem causado. São reações perfeitamente compreensíveis de uma Índia jovem e que, genuinamente, deseja a mudança".
O ataque provocou uma onda de indignação na Índia, onde a justiça geralmente não é feita às vítimas de estupros e agressões sexuais.
A decisão de transferir a jovem para Cingapura, adotada na quarta-feira pelo governo, foi atribuída pela imprensa a uma tentativa de apaziguar a opinião pública.
"Foi uma decisão política", que não faz qualquer sentido, disse o doutor Samiran Nundy, chefe do serviço de transplante de órgãos e cirurgia digestiva do hospital Sir Ganga Ram de Nova Délhi. "Não entendo a transferência de uma paciente em estado crítico, com septicemia e sob respiração artificial".

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Prisão evitaria 'manobras protelatórias', diz Gurgel

No pedido de prisão dos condenados do mensalão, rejeitado no início da tarde desta sexta-feira (21) pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, destacou a importância do julgamento para combater a "criminalidade encastelada no poder" e a "percepção nacional de que vivemos em um verdadeiro Estado democrático de direito". "Sabemos todos que estes quase cinco meses de sessões têm lugar garantido entre os momentos marcantes de defesa das instituições republicanas em nossa história", afirmou.
"Exatamente por isso é que o julgado, fruto de tanta dedicação e compromisso institucional do Supremo Tribunal Federal, não pode ser relegado aos porões da ineficácia, mormente pela submissão a manobras protelatórias", disse, na manifestação de 24 páginas. Roberto Gurgel lembrou o caso do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO), que foi condenado à prisão pela Corte há dois anos, mas ainda não foi para a cadeia por causa de um recurso da defesa - julgado na semana passada. Ele disse que uma "reflexão sobre o tema com certeza se impõe".
Curiosamente o caso usado pelo chefe do Ministério Público Federal para prender os condenados antes da conclusão de eventuais recursos foi o mesmo que o presidente do STF e relator do mensalão se valeu para recusar o pedido. Foi o julgamento em 2009 pela Corte de um habeas corpus para deixar um agricultor condenado por homicídio na segunda instância recorrer em liberdade até que todos os recursos cabíveis fossem apreciados.
Em relação ao precedente do agricultor, Roberto Gurgel disse não "partilhar do entendimento da impossibilidade de execução provisória da pena". Para ele, os recursos só poderiam barrar as prisões imediatas se pudessem reverter as decisões anteriores.
Na decisão de três páginas que rejeitou mandar os condenados para cadeia, Joaquim Barbosa disse que foi voto vencido na votação de 2009, curvando-se assim à orientação do tribunal. "Por conseguinte, segundo a atual orientação do plenário do Supremo Tribunal Federal, até o trânsito em julgado da condenação, só há espaço para a prisão de natureza cautelar", afirmou.
O procurador-geral argumentou que a quantidade de condenados, a maior em ações penais julgadas pela Corte, "acarretará certamente a interposição de dezenas de embargos declaratórios que impedirão por período excessivamente longo a efetiva execução do julgado". Ele disse que poderão ser apresentados "em cascata" embargos, o principal tipo de recurso cabível, "adiando indefinida e imprevisivelmente" a eficácia do julgamento.
Dos 25 condenados no processo do mensalão, 11 foram condenados à prisão em regime inicialmente fechado, outros 11, em regime semiaberto, dois cumprirão penas alternativas e um em regime aberto.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Dilma sanciona Lei Seca mais rígida


Nova lei determina outros meios, além do bafômetro, para serem utilizados para provar embriaguez do motorista. O texto também prevê aumento da multa para R$ 1.915,30


A presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira (20), sem vetos, a lei que torna mais rígidas as punições para motoristas flagrados dirigindo alcoolizados.
A nova Lei Seca determina que outros meios, além do bafômetro, podem ser utilizados para provar a embriaguez do motorista, como testes clínicos, depoimento do policial, testemunhos de terceiros, fotos e vídeos.
O texto também prevê o aumento da multa dos atuais R$ 957,65 para R$ 1.915,30 para motorista flagrado sob efeito de álcool ou drogas psicoativas. Caso o motorista reincida na infração dentro do prazo de um ano, a proposta é duplicar o valor, chegando a R$ 3.830,60, além de determinar a suspensão do direito de dirigir por 12 meses.
A lei será publicada no Diário Oficial da União de amanhã (21). Com a sanção, as novas regras serão aplicadas nas operações das polícias rodoviárias para o período de festas de fim de ano e férias.

Presidente do STF dependerá de 'arranjo jurídico' para mandar prender deputados


Principal questão está relacionada ao foro privilegiado, uma vez que eles ainda exercem mandato; plenário do STF determina que suspensão ocorra apenas após trânsito em julgado


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, precisará de um verdadeiro “arranjo jurídico” para decretar as prisões dos deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT). No entanto, juristas ouvidos pelo iG admitiram a possibilidade de que não há impedimentos para a decretação de prisão imediata de outros condenados no julgamento do mensalão como José Dirceu, José Genoino ou Delúbio Soares. A decisão sobre a prisão imediata dos réus do mensalão sai nesta sexta-feira até as 18h.
Para determinar a prisão dos três deputados federais com mandato em curso, entretanto, Barbosa teria que se sobrepor à decisão o colegiado e até mesmo à Constituição. A legislação proíbe a prisão de parlamentares ainda com mandato em curso. Além disso, para que fosse executada a prisão, os deputados federais deveriam perder a condição de foro privilegiado. Além disso, qualquer prisão iria de encontro a uma tradição do Supremo, de respeitar o trânsito em julgado de qualquer processo que tramita na Corte.
Agência Brasil
Joaquim Barbosa, presidente do STF, disse a jornalistas que divulgará decisão sobre prisões na sexta
Na coletiva de imprensa de hoje, Barbosa admitiu que a execução de prisão dos deputados federais é um problema que deverá ser discutido apenas pelo próximo presidente da Câmara. O mandato de Marco Maia (PT-RS) termina no início de 2013. “Eu acredito que o deputado Marco Maia não será autoridade do Poder Legislativo que terá a incumbência de dar cumprimento à decisão do Supremo. O que ele diz hoje não terá nenhuma repercussão no momento de execução das penas decididas pelo plenário”, disse Barbosa.
“O voto que capitaneou a decisão do plenário diz muito claramente. Ficam suspensos os direitos políticos dos parlamentares condenados nesse processo. Em consequência dessa suspensão dos direitos políticos, eles perdem os mandatos. Eu não estou falando em cassação. Eles pedem os mandatos em consequência da suspensão dos direitos políticos’, sinalizou o presidente do STF “Após o trânsito e julgado, não há bizarrice, excrecência, eles são deputados enquanto o processo estiver em curso. Transitado em julgado eles deixarão de ser deputados, por força da sentença condenatória. Isso, se eventualmente ocorrer, será dirimido na própria decisão (pedido de prisão da PGR)”, complementou Barbosa.
No entanto, juristas ouvidos pelo iG apontam que não existem problemas relacionados à execução de prisão dos demais réus, como o publicitário Marcos Valério, o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu; o ex-presidente do PT José Genoíno ou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. AProcuradoria-Geral da República (PGR) não divulgou até o fechamento desta reportagem para quem determinou o pedido de prisão imediata.
Durante essa semana, esses réus ingressaram com petições no Supremo pedindo que toda a Corte se manifestasse a respeito do tem a. Mas a manifestação ocorrerá de forma monocrática, aproveitando-se o período de recesso do Judiciário. Os advogados dos réus classificaram a medida como manobra do presidente Joaquim Barbosa. Outros ministros, como Marco Aurélio Mello, também não concordam com a apreciação do pedido de forma monocrática porque isso feriria a jurisprudência do Supremo.
Apesar de ter sinalizado que no caso dos congressistas deverá respeitar o trânsito em julgado, Joaquim Barbosa disse que o Supremo tem decidido apenas sobre a execução de prisão imediata em casos sem trânsito em julgado vindos da Justiça de primeiro grau. Para expedições de mandado de prisão de julgamentos no Supremo, Barbosa classifica essa situação como “inédita”. “O Supremo quando decidiu naqueles casos, decidiu sobre casos em instâncias anteriores. É a primeira vez que o Supremo tem que se debruçar sobre o pedido de uma pena formulado por ele mesmo. Não temos jurisprudência. Temos uma situação nova”, sinalizou.
Na sua decisão, Joaquim Barbosa deve discutir eventuais reformulações de mérito do julgamento ocorrido no Supremo. Para o presidente do STF, não há mais nada o que se discutir sobre o mérito do que foi decidido. Nos bastidores, fala-se que a execução de uma prisão imediata evitaria postergar o início do cumprimento das sentenças do Supremo, o que ocorreria mediante a impetração de vários recursos. Oficialmente, os recursos somente podem ser impetrados no ano que vem, após a publicação do acórdão. O acórdão do mensalão deve ser publicado apenas em abril de 2013.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Juizado da Mulher

Seminário “O Papel do Tribunal de Justiça e do Ministério Público Frente à Lei Maria da Penha”, realizado na tarde desta segunda-feira (26/11), pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC em parceria com a Frente Regional de Combate à Violência
O papel do Poder Judiciário para tornar célere a aplicação da lei nº 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, bem como a criação de uma ouvidoria para discutir questões de gênero e de um Juizado da Mulher no ABC estiveram na pauta do seminário “O Papel do Tribunal de Justiça e do Ministério Público Frente à Lei Maria da Penha”, realizado na tarde desta segunda-feira (26/11), pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC em parceria com a Frente Regional de Combate à Violência.
De acordo com Dulce Xavier, coordenadora do Grupo de Trabalho de Gêneros do Consórcio, o núcleo, formado em 2009, tem evoluído nos debates sobre políticas públicas voltadas para a consolidação dos direitos da mulher. “Em 2010, nós discutimos com os todos os delegados do ABC sobre como deveria ser feita a abordagem à mulher vítima de violência, o atendimento e os boletins de ocorrência. Nós trouxemos a Defensoria para falar da atuação do Núcleo de Defesa da Mulher no ABC, que cuida da parte jurídica. Hoje, pela primeira vez, recebemos o Judiciário, para falar sobre como são os trâmites da lei, e quais são os desafios que a gente enfrentará. A falta de um juizado especializado no ABC é um deles. Sem isso, queremos discutir como que a região pode funcionar melhor”, explicou Dulce.
A Secretaria de Justiça, por meio do Tribunal de Justiça de São Paulo, tem a atribuição de instituir Juizados da Mulher em todo o Estado, conforme determina a Lei Maria da Penha. Desde a criação da lei, entretanto, apenas um Juizado Especial foi criado em São Paulo.
Durante o seminário, Teresa Cristina Cabral Santana Rodrigues dos Santos, juíza de Direito da 2ª Vara Criminal de Santo André, destacou as conquistas proporcionadas pela criação da Lei Maria da Penha, como a revisão do artigo do Código Penal que classificava a agressão contra a mulher como crime de menor potencial ofensivo; a previsão de penas mais severas para o agressor; a possibilidade de prisão preventiva antes da tramitação do processo criminal, além da aplicação de normas preventivas que não estejam estabelecidas na lei.
No ABC, apenas quatro cidades possuem Delegacia de Defesa da Mulher: Mauá, São Bernardo, Diadema e Santo André; e apenas as três últimas dispõem de centros de referência. Mas, segundo Dulce Xavier, os demais municípios oferecem atendimento à mulher em situação de violência em serviços articulados com os CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).
A região também conta com duas casas-abrigo, projeto administrado pelo Consórcio, que atende a cerca de 40 pessoas. “Acolhemos mulheres e filhos com menos de 18 anos. Eles ficam nos abrigos, em média, por seis meses. Nesse período, as mulheres são acompanhadas no processo criminal, e damos apoio nos cuidados com as crianças também, para que ela possa superar o problema e se reestruturar", afirmou a coordenadora do GT de Gênero.
Também participaram do seminário Ronaldo Sério Moreira, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo; Milena Dias, representante da Coordenadoria Estadual na Mulher em Situação de Violência e Claudionor Mendonça, secretário da Promotoria de Justiça de Santo André.
Sociedade patriarcal
Para a coordenadora do GT de Gêneros do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Dulce Xavier, a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006 pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, representa um avanço importante no combate à violência doméstica. Entretanto, o machismo enraizado na cultura brasileira ainda fornece obstáculos à aplicação da norma.
“O que acontece é que estamos numa sociedade ainda patriarcal, resistente, conservadora em relação ao reconhecimento dos direitos das mulheres. Até fevereiro do ano passado, muitos ainda consideravam a lei inconstitucional. O STF teve de se manifestar afirmando o contrário. Isso é demonstração da resistência das instituições em reconhecer que a mulher é uma cidadã portadora de direitos e que merece crédito na sua reclamação em relação à violência”, avaliou.
Mulheres na Política
Durante o seminário, Claudionor Mendonça, secretário da Promotoria de Justiça de Santo André, destacou a importância de a mulher participar ativamente da Política, principalmente no âmbito do Legislativo. “A questão cultural [que reforça o papel da mulher como de ser submisso ao homem] e da criação de políticas específicas podem ser enfrentadas pela legislação, mas, para isso, é preciso que as mulheres se candidatem para os cargos. Apenas 30% de cotas proporcionais para mulheres nas eleições são pouco e, ainda assim, os partidos têm dificuldades na hora de preencher as candidaturas. Os parlamentos, majoritariamente, são compostos por homens. As mulheres têm de aparecer e defender seus interesses. Se isso ficar a cargo dos homens, não haverá muitas evoluções”, apontou.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Meu Primeiro Amor

Saudade, palavra triste
Quando se perde um grande amor,
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor
Igual a uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Teu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz desse sofredor
Que implora por seus carinhos
Só um pouquinho do seu amor
Meu primeiro amor
Tão cedo acabou,
Só a dor deixou
Nesse peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou e logo morreu
Nesta solidão, sem ter alegria
O que me alivia são meus tristes... ais...
São prantos de dor
Que dos olhos caem
É porque bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei...
Jamais...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Uma vez Bob Marley foi baleado e 2 dias depois estava fazendo um show. Perguntaram a ele por que não dava um descanso pra se recuperar, ele respondeu: “As pessoas que fazem de tudo para piorar o mundo, não descansam. Por que eu, que quero melhorar, tenho que descansar?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Decreto de 15.10.2012

Decreto de 15.10.2012 - Abre aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União, em favor dos Ministérios de Minas e Energia, dos Transportes, da Integração Nacional e das Cidades, crédito suplementar no valor de R$ 1.606.480.156,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Goleiro Bruno vai a júri em novembro

Goleiro Bruno vai a júri em novembro  09 Outubro 2012 por: Redação Horizonte MS - Mídias Nacionais

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, vai a júri popular no dia 19 de novembro pelo envolvimento direto no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, conforme decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Contagem, Minas Gerais (TJ-MG), e foi publicada no último dia 5.

Bruno e outras seis pessoas são acusadas pelo desaparecimento e morte de Eliza, ex-amante do atleta com 25 anos na época do suposto crime. Além de Bruno, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram os pedidos de liberdade negados e aguardarão pelo julgamento do próximo mês presos.

Entre os réus do processo, estão ainda a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes e a ex-mulher Dayanne Souza. Por decisão da magistrada Marixa, o processo foi desmembrado e Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza irão a júri popular em outra data ainda não definida.

Macarrão e Bruno são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio quailificado e ocultação de cadáver enquanto ex-policial Bola responde pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

 Já Wemerson Marques, Elenílson Vítor e Dayanne Rodrigues respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. A outra mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, responde pelo cárcere privado tanto de Eliza quanto da criança. Todos estão em liberdade desde dezembro de 2010.

Caso Eliza Samudio

A jovem que deu a luz a um filho do ex-goleiro Bruno Fernandes, desapareceu em junho de 2010 quando partiu para o sítio do atleta, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima de espancamento de uma mulher levou a polícia até o local onde começaram as investigações. Para a polícia mineira, Eliza foi morta a mando de Bruno, porém, o corpo nunca foi encontrado.

Na época, Eliza e Bruno estavam em um conflito judicial sobre a paternidade da criança, nascida em fevereiro de 2010. A jovem alegava que o atleta era o pai do menino e requeria na Justiça a pensão alimentícia.

Goleiro Bruno vai a júri em novembro

Goleiro Bruno vai a júri em novembro  09 Outubro 2012 por: Redação Horizonte MS - Mídias Nacionais

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, vai a júri popular no dia 19 de novembro pelo envolvimento direto no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, conforme decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Contagem, Minas Gerais (TJ-MG), e foi publicada no último dia 5.

Bruno e outras seis pessoas são acusadas pelo desaparecimento e morte de Eliza, ex-amante do atleta com 25 anos na época do suposto crime. Além de Bruno, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram os pedidos de liberdade negados e aguardarão pelo julgamento do próximo mês presos.

Entre os réus do processo, estão ainda a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes e a ex-mulher Dayanne Souza. Por decisão da magistrada Marixa, o processo foi desmembrado e Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza irão a júri popular em outra data ainda não definida.

Macarrão e Bruno são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio quailificado e ocultação de cadáver enquanto ex-policial Bola responde pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

 Já Wemerson Marques, Elenílson Vítor e Dayanne Rodrigues respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. A outra mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, responde pelo cárcere privado tanto de Eliza quanto da criança. Todos estão em liberdade desde dezembro de 2010.

Caso Eliza Samudio

A jovem que deu a luz a um filho do ex-goleiro Bruno Fernandes, desapareceu em junho de 2010 quando partiu para o sítio do atleta, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima de espancamento de uma mulher levou a polícia até o local onde começaram as investigações. Para a polícia mineira, Eliza foi morta a mando de Bruno, porém, o corpo nunca foi encontrado.

Na época, Eliza e Bruno estavam em um conflito judicial sobre a paternidade da criança, nascida em fevereiro de 2010. A jovem alegava que o atleta era o pai do menino e requeria na Justiça a pensão alimentícia.

Goleiro Bruno vai a júri em novembro

Goleiro Bruno vai a júri em novembro  09 Outubro 2012 por: Redação Horizonte MS - Mídias Nacionais

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, vai a júri popular no dia 19 de novembro pelo envolvimento direto no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, conforme decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Contagem, Minas Gerais (TJ-MG), e foi publicada no último dia 5.

Bruno e outras seis pessoas são acusadas pelo desaparecimento e morte de Eliza, ex-amante do atleta com 25 anos na época do suposto crime. Além de Bruno, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram os pedidos de liberdade negados e aguardarão pelo julgamento do próximo mês presos.

Entre os réus do processo, estão ainda a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes e a ex-mulher Dayanne Souza. Por decisão da magistrada Marixa, o processo foi desmembrado e Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza irão a júri popular em outra data ainda não definida.

Macarrão e Bruno são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio quailificado e ocultação de cadáver enquanto ex-policial Bola responde pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

 Já Wemerson Marques, Elenílson Vítor e Dayanne Rodrigues respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. A outra mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, responde pelo cárcere privado tanto de Eliza quanto da criança. Todos estão em liberdade desde dezembro de 2010.

Caso Eliza Samudio

A jovem que deu a luz a um filho do ex-goleiro Bruno Fernandes, desapareceu em junho de 2010 quando partiu para o sítio do atleta, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima de espancamento de uma mulher levou a polícia até o local onde começaram as investigações. Para a polícia mineira, Eliza foi morta a mando de Bruno, porém, o corpo nunca foi encontrado.

Na época, Eliza e Bruno estavam em um conflito judicial sobre a paternidade da criança, nascida em fevereiro de 2010. A jovem alegava que o atleta era o pai do menino e requeria na Justiça a pensão alimentícia.

Goleiro Bruno vai a júri em novembro

Goleiro Bruno vai a júri em novembro  09 Outubro 2012 por: Redação Horizonte MS - Mídias Nacionais

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, vai a júri popular no dia 19 de novembro pelo envolvimento direto no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, conforme decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Contagem, Minas Gerais (TJ-MG), e foi publicada no último dia 5.

Bruno e outras seis pessoas são acusadas pelo desaparecimento e morte de Eliza, ex-amante do atleta com 25 anos na época do suposto crime. Além de Bruno, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram os pedidos de liberdade negados e aguardarão pelo julgamento do próximo mês presos.

Entre os réus do processo, estão ainda a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes e a ex-mulher Dayanne Souza. Por decisão da magistrada Marixa, o processo foi desmembrado e Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza irão a júri popular em outra data ainda não definida.

Macarrão e Bruno são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio quailificado e ocultação de cadáver enquanto ex-policial Bola responde pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

 Já Wemerson Marques, Elenílson Vítor e Dayanne Rodrigues respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. A outra mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, responde pelo cárcere privado tanto de Eliza quanto da criança. Todos estão em liberdade desde dezembro de 2010.

Caso Eliza Samudio

A jovem que deu a luz a um filho do ex-goleiro Bruno Fernandes, desapareceu em junho de 2010 quando partiu para o sítio do atleta, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima de espancamento de uma mulher levou a polícia até o local onde começaram as investigações. Para a polícia mineira, Eliza foi morta a mando de Bruno, porém, o corpo nunca foi encontrado.

Na época, Eliza e Bruno estavam em um conflito judicial sobre a paternidade da criança, nascida em fevereiro de 2010. A jovem alegava que o atleta era o pai do menino e requeria na Justiça a pensão alimentícia.

Goleiro Bruno vai a júri em novembro

Goleiro Bruno vai a júri em novembro  09 Outubro 2012 por: Redação Horizonte MS - Mídias Nacionais

O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, vai a júri popular no dia 19 de novembro pelo envolvimento direto no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, conforme decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Contagem, Minas Gerais (TJ-MG), e foi publicada no último dia 5.

Bruno e outras seis pessoas são acusadas pelo desaparecimento e morte de Eliza, ex-amante do atleta com 25 anos na época do suposto crime. Além de Bruno, o amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram os pedidos de liberdade negados e aguardarão pelo julgamento do próximo mês presos.

Entre os réus do processo, estão ainda a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes e a ex-mulher Dayanne Souza. Por decisão da magistrada Marixa, o processo foi desmembrado e Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Marques de Souza irão a júri popular em outra data ainda não definida.

Macarrão e Bruno são acusados pelos crimes de sequestro, cárcere privado, homicídio quailificado e ocultação de cadáver enquanto ex-policial Bola responde pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

 Já Wemerson Marques, Elenílson Vítor e Dayanne Rodrigues respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. A outra mulher de Bruno, Fernanda Gomes de Castro, responde pelo cárcere privado tanto de Eliza quanto da criança. Todos estão em liberdade desde dezembro de 2010.

Caso Eliza Samudio

A jovem que deu a luz a um filho do ex-goleiro Bruno Fernandes, desapareceu em junho de 2010 quando partiu para o sítio do atleta, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Uma denúncia anônima de espancamento de uma mulher levou a polícia até o local onde começaram as investigações. Para a polícia mineira, Eliza foi morta a mando de Bruno, porém, o corpo nunca foi encontrado.

Na época, Eliza e Bruno estavam em um conflito judicial sobre a paternidade da criança, nascida em fevereiro de 2010. A jovem alegava que o atleta era o pai do menino e requeria na Justiça a pensão alimentícia.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.

Medicina: revalidação de diploma estrangeiro vira cabo de guerra

Daniel Favero
Angela Chagas

  A validação de diplomas de medicina obtidos no exterior é considerada difícil no Brasil. Na edição 2011 do exame lançado um ano antes em caráter de teste, menos de 10% conseguiram aprovação. O governo estuda agora facilitar o processo e já lançou um plano para aumentar o número de médicos no País. No entanto, entidades que regulam a profissão reagiram contra as medidas. A categoria argumenta que o problema brasileiro não é a falta, mas sim a má distribuição de médicos no território nacional.
  Os atrativos para quem quer estudar medicina fora são muitos. Custo de vida baixo, mensalidades que correspondem a um décimo do valor praticado no Brasil, facilidade com o idioma e para ingressar nas faculdades, entre outros. Além disso, desde a década de 1970, quem se formava em países latinos e caribenhos tinha o diploma automaticamente reconhecido pelo Brasil, que era signatário de um acordo de cooperação acadêmica que valeu até 1999. Contudo, a partir de então a validação passou a ser realizada por universidades públicas em um processo "moroso e não padronizado", segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), já que cada instituição adotava regras próprias.
"MEC já aplicou o Revalida dois anos e os resultados foram catastróficos. Como permitir que exerçam a profissão?"
Claudio Franzen, médico
  Para tentar padronizar isso, o governo institui em 2010 o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras, chamado Revalida, que passou a ser uma alternativa mais uniforme para o processo. Entretanto, o teste é considerado excessivamente rigoroso. Na edição de 2011, dos 677 participantes, apenas 65 conseguiram aprovação - 31 brasileiros, seis colombianos, seis argentinos, quatro bolivianos, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, três peruanos, dois nicaraguenses, um alemão, um cabo-verdense, um francês e um dominicano.
  O Ministério da Educação admite aplicar mudanças que facilitariam o Revalida. Junto a isso, ao menos dois projetos tramitam no Senado: um do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que propõe o reconhecimento automático do diploma estrangeiro, e outro da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que visa a simplificar o processo de validação.
  As entidades médicas reagiram duramente contra as propostas do governo, avaliando-as como "falácias que tentam desviar a sociedade das medidas que, efetivamente, podem colaborar para o fim da desigualdade na assistência em saúde". De acordo com o médico Claudio Franzen, do Conselho Federal de Medicina (CFM), as exigências existem para comprovar que as pessoas graduadas fora do País possuem a formação necessária para atender a população. "O MEC já aplicou o Revalida dois anos seguidos e os resultados foram catastróficos. Como podemos permitir que essas pessoas exerçam a profissão sem nenhum controle?", questiona.
  Franzen diz ainda que a medicina praticada no Brasil é muito mais avançada do que em outros países da América Latina, que formam centenas de brasileiros todos os anos. "Temos muitos estudantes que vão para Cuba, por exemplo, por intermédio de partidos políticos e movimentos sociais. Não posso fazer avaliação genérica, porque aqui no Brasil também temos faculdades precárias, mas o curso lá não é completo, é voltado para a medicina básica, para atender a população de forma preventiva. Eles não recebem o aprofundamento para sair fazendo cirurgias.
Como vamos liberar o ingresso desses médicos? Isso é muito preocupante", afirmou.
  Segundo estudo feito pelo CFM, o problema do País também não é a falta de médicos, mas sim a má distribuição pelo território nacional. "Não é correto, portanto, afirmar que há falta generalizada de médicos no Brasil. São as desigualdades de distribuição que conduzem a focos de escassez de profissionais em determinadas localidades, em determinadas redes e serviços de saúde e em determinadas especialidades médicas", aponta o estudo.
  De acordo com a pesquisa, o Brasil possui 1,9 médico para cada 1 mil habitantes, proporção menor que a de países como Argentina (3), Uruguai (3,7) e Cuba (6,7). Mas outro olhar sobre os números revela duas realidades distintas no País: enquanto no Interior a taxa de distribuição é semelhante à de países africanos, nos grandes centros urbanos ela é maior do que em países europeus.
  Em março deste ano, o governo federal anunciou medidas para estimular a formação de novos médicos com a criação de vagas em instituições públicas e visando a levar estes profissionais para o interior do País. A meta é elevar, até 2020, o número de médicos a 2,5 para cada 1 mil habitantes.
Reserva de mercado
  Estudantes que obtiveram diplomas de medicina no exterior consideram que o grau de dificuldade do Revalida serve para "barrar mão de obra qualificada por uma questão de reserva de mercado". O argumento é que "pessoas que estudam no Brasil também não seriam aprovadas se submetidas a esta prova", segundo relata o deputado federal Raul Lima (PSD-RR). Para ele, as entidades não podem impor barreiras sem conhecer a realidade. "Temos ótimos exemplos de faculdades na América latina, mas nós não temos o monopólio do conhecimento de qualidade".
  Para Claudio Franzen, o Revalida segue o padrão de exigência do ensino da medicina praticado no Brasil. Ele ainda argumenta que é uma "falácia" dizer que a liberação do ingresso de médicos formados em outros países aumentaria a oferta nas regiões em que o serviço de saúde ainda é precário. "Depois de terem o título, eles trabalham onde quiserem. O problema para a falta de médicos é a ausência de um plano de cargos. O governo federal deveria propor o mesmo que faz com as carreiras do Judiciário. Um juiz entra em uma comarca pequena e depois vai subindo até chegar à capital. Isso não existe na medicina", completa.
"Não temos o monopólio do conhecimento de qualidade"
Raul Lima, deputado federal
  Além do Revalida, estudantes de todas as áreas de conhecimento podem fazer o reconhecimento de diploma em alguma universidade pública brasileira que possua curso igual ou similar reconhecido pelo governo. Cada instituição de ensino cria as próprias regras e, na análise, que leva seis meses, em média, podem ser solicitados estudos complementares.
  Já o Revalida é fruto de uma ação conjunta entre os ministérios da Saúde e da Educação, visando a padronizar o processo. O exame estabelece níveis de desempenho esperados para habilidades específicas de cada área, com testes teóricos e práticos. Dos 65 aprovados no ano passado, 31 eram brasileiros, quatro bolivianos, seis colombianos, seis argentinos, três peruanos, um alemão, três cubanos, três equatorianos, três venezuelanos, dois nicaraguenses, um cabo-verdiano, um francês e um dominicano.