O
presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, desembargador
Dácio Vieira, divulgou nota oficial na noite desta segunda-feira (25) na
qual afirma que o TJ não "excluiu" o juiz responsável pelas medidas
destinadas ao cumprimento das penas dos condenados no processo do
mensalão.
Segundo
informou no fim de semana o blog de Cristiana Lôbo, o TJ-DF decidiu
substituir Ademar de Vasconcelos pelo juiz auxiliar da Vara de Execução
Penal, Bruno Ribeiro, na coordenação das medidas destinadas ao
cumprimento das penas dos condenados no processo do mensalão que estão
presos na Penitenciária da Papuda, em Brasília. No termo de compromisso
que o deputado licenciado José Genoino (PT-SP) teve de assinar para ser
autorizado a cumprir temporariamente a pena em regime domiciliar já
constava o nome de Bruno Ribeiro como juiz responsável pelo processo.
Segundo
Dácio Vieira, a Vara de Execução Penal (VEP) do Distrito Federal tem
cinco juízes e todos podem atuar nos processos. Ele afirma na nota que,
ao delegar ao TJ a execução das penas no processo do mensalão, o
presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, não elegeu nem excluiu qualquer
magistrado e, por causa disso, mais de um juiz atuou no caso.
Ainda
conforme a nota, "não existe procedimento, acordo ou decisão [...]
determinando o afastamento de qualquer dos magistrados lotados na VEP/DF
do exercício de suas regulares funções".
O
G1 apurou que a mudança no comando da execução da pena dos condenados
no mensalão foi discutida por telefone na última sexta (22) por Barbosa e
por Vieira. Na conversa telefônica, relatou um interlocutor de Joaquim
Barbosa, o presidente do Supremo demonstrou descontentamento com o fato
de que não estava sendo comunicado “de maneira adequada” sobre os atos
determinados pela Vara do TJ-DF. No mesmo dia, Dácio Vieira comunicou a
Barbosa que o juiz Bruno Ribeiro assumiria a coordenação do processo na
Vara de Execução Penal.