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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

ataque à sede da Charlie Hebdo

Atiradores teriam entrado em outro prédio antes de invadir revista.


Mulher que estava na sala de reunião foi poupada, segundo 'Le Monde'.

 

O jornal francês "Le Monde" publicou nesta quinta-feira (8) uma reportagem com base em depoimentos de sobreviventes sobre o passo a passo da ação dos atiradores no ataque à redação do jornal "Charlie Hebdo", em Paris. Ao todo 12 pessoas morreram no ataque: oito funcionários do jornal – entre eles quatro cartunistas –, um funcionário do edifício, um convidado da redação e dois policiais. O jornal publicou ainda uma foto do corredor da redação com várias manchas de sangue.
De acordo com a reportagem, os homens entraram primeiro em um prédio vizinho perguntando se ali era a sede do Charlie Hebdo. Desde os bombardeios de 2011 e após inúmeras ameaças de morte recebidas, a equipe do jornal mantém o endereço da redação em sigilo. Eles chegaram a pedir à vizinhança que não revelasse o local.
Veja a sequência dos acontecimentos, segundo o 'Le Monde':
– Pouco depois das 11h locais desta quarta-feira (7), dois homens armados vestidos de preto e usando coletes chegam ao número 6 da rua Nicolas-Appert, a duas portas do prédio da revista "Charlie Hebdo".  Eles se aproveitaram da chegada de um carteiro ao edifício para entrarem no local.
– Já na recepção deste primeiro edifício, os homens perguntam se é ali a "Charlie Hebdo". Em seguida, um dos homens dispara uma bala que passa pela porta de vidro de um escritório.
– Os homens, então, se dão conta de que estão no prédio errado e saem. Eles vão até o número 10 da mesma rua, local da redação de "Charlie Hebdo" desde 1 de julho de 2014. No momento da invasão acontece uma reunião de pauta entre a equipe do semanário.
Le Monde mostra foto do interior da sede da Charlie Hebdo após o ataque (Foto: Reprodução/Le Monde)Le Monde mostra foto do interior da 'Charlie Hebdo'
após o ataque (Foto: Reprodução/Le Monde)
– No hall do prédio, os homens cruzam com dois funcionários da manutenção. Antes de atirar e matar um deles, Frédéric Boisseau, de 42 anos, eles perguntam se é ali a sede da revista.
– Na escada, eles encontram a cartunista Corinne Rey, conhecida como Coco, que eles fazem de refém. Ela tenta enganar os homens levando-os ao terceiro andar. A redação, onde acontece a reunião de pauta, fica no segundo andar do prédio.
– No segundo andar, os dois assaltantes encontraram outro homem e o ameaçam com a arma antes de repetir a pergunta "Onde é o Charlie Hebdo?”
– Por fim, os atiradores chegam à redação. Com uma arma apontada na cabeça, Coco é obrigada a inserir o código de segurança na porta que dá acesso à sala.
– A reunião havia começado há quase uma hora. Estavam na sala de reunião em volta de uma mesa oval o editor-chefe e cartunista Stéphane Charbonnier (Charb), os cartunistas Jean Cabu, Georges Wolinski, Bernard Verlhac (Tignous), Philippe Honoré e Riss, os jornalistas Laurent Léger, Fabrice Nicolino e Philippe Lançon, o economista Bernard Maris e as colunistas Sigolène Vinson e Elsa Cayat. Outras pessoas trabalhavam na sala principal da redação.
– Os atiradores encapuzados chamaram o nome de Charb e atiraram nele. Em seguida, chamaram os apelidos dos outros cartunistas e abriram fogo aos gritos de "Allahou akbar" e "Vocês vão pagar por insultarem o Profeta". Sete pessoas foram mortas na sala de reunião: Charb, Cabu, Wolinski, Tignous, Honoré, Bernard Maris e Elsa Cayat.
Entre os mortos no ataque estão Bernard Marris, Georges Wolinski, Jean Cabu, Stéphane Charbonnier,  Bernard Verlhac (Tignous) e Philippe Honoré (Foto: AFP)Entre os mortos no ataque estão Bernard Marris, Georges Wolinski, Jean Cabu, Stéphane Charbonnier, Bernard Verlhac (Tignous) e Philippe Honoré (Foto: AFP)
– Segundo o "Le Monde", os atiradores ainda colocaram a arma na cabeça de Sigolène Vinson e disseram: “Você não vamos matar porque não matamos mulheres, mas você vai ler o Alcorão”. Ela não se feriu. Outras três pessoas da reunião ficaram feridas: Philippe Lançon, no rosto, Riss, no ombro, e Fabrice Nicolino, na perna.
– Em seguida, os invasores atiraram em pessoas que estavam na redação. Mataram Michel Renaud, que visitava o jornal, e Mustapha Ourrad, revisor da publicação que tinha conseguido a cidadania francesa há algumas semanas. Eles feriram ainda o editor de mídias sociais Simon Fieschi. A cartunista Corinne Rey se escondeu debaixo de uma mesa e não foi atingida.
– Na saída, os atiradores mataram o policial Franck Brinsolaro, que fazia a segurança de Charb.
 – Já na rua Richard-Lenoir, atiraram em outro policial, Ahmed Marebet. Ele caiu no chão e foi novamente atingido na cabeça por um dos atiradores (vídeo ao lado com IMAGENS FORTES).
– Em seguida, os atiradores retornam ao veículo sem qualquer sinal de pânico. Um deles ainda leva um tempo para pegar algo no chão antes de se sentar no banco do passageiro. Eles fogem e deixam o carro Citroën preto em uma rua, onde renderam o motorista de um Renault Clio cinza que roubaram para fugiram.

Procon autua 39 escolas de Fortaleza por cobrar material escolar proibido

Lei proíbe cobrança de material coletivo nas escolas.
Escolas privadas devem pagar multas que vão até 9,6 milhões.

 

O Procon Fortaleza autuou 39 escolas particulares de Fortaleza por descumprimento da Lei do Material Escolar. Fiscais do Procon visitaram 100 instituições de ensino entre os dias 11 de novembro e 17 de dezembro de 2014, e constataram irregularidades, como a exigência de itens do material escolar considerados de uso coletivo.
As escolas responderão processos administrativos que podem resultar em multas que variam de R$ 640,00 a R$ 9,6 milhões. Agora, no período de matrículas de 2015, o Procon alerta que os pais e responsáveis denunciem as escolas que insistem em exigir itens proibidos na lista de material escolar.
"A lista com 66 produtos considerados abusivos pode ser ampliada, de acordo com a demanda que recebermos", declarou a diretora geral do Procon Fortaleza, Cláudia Santos. Ela informou ainda que algumas escolas omitiram a lista de material escolar, o que já é passível de autuação e multa.

Denúncia
Pais, alunos e responsáveis podem realizar denúncia na Central de Atendimento 151, no site da Prefeitura de Fortaleza, no link denúncia virtual; ou ainda abrir uma reclamação na sede do Procon Fortaleza que fica na Rua Major Facundo, 869, Centro. O Procon Fortaleza é um órgão vinculado à Secretaria da Cidadania e Direitos Humanos (SCDH).

Práticas irregulares
De acordo com o Procon, as escolas têm obrigação de fornecer a lista de material para que os pais ou responsáveis possam pesquisar preços e escolher fornecedores de sua preferência. O plano pedagógico de utilização dos materiais deve ser afixado em local público e de fácil acesso na áreada instituição de ensino.

Ainda segundo o órgão, a escola não poderá exigir marcas dos materiais escolares, nem pode obrigar ao responsável adquirir material em determinado estabelecimento comercial, quando se tratar de produtos oferecidos no mercado em geral. A escola só pode pedir uma resma de papel por aluno, mais do que isso já pode ser considerado exagero.

Governadora de Roraima nomeia filhas e mais 10 parentes

A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), nomeou pelo menos 12 parentes para seu secretariado, incluindo de primeiro grau como duas filhas, irmãos, primos e sobrinhos. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os parentes estarão na chefia de pastas importantes como Casa Civil, Saúde, Educação e Infraestrutura. Suely Campos é mulher do ex-governador Neudo Campos (PP), que renunciou à disputa eleitoral após ser barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Após o resultado das urnas, Suely disse que seU marido seria o chefe da Casa Civil, mas sua filha Danielle Araújo acabou sendo nomeada para o cargo. A outra filha do casal, Emília Campos, será secretária de Trabalho, que terá como secretária-adjunta a nora de Suely, Lissandra Campos. Na pasta da Educação, a titular será Selma Mulinari, irmã da governadora. A Agricultura fica sob os cuidados de seu primo, Hipérion de Oliveira.

O Ministério Público do Estado pediu que a governadora exonere os seus parentes. Segundo a promotoria, são 15 familiares contratados. Além dos 12 citados, foram nomeados a sogra, o cunhado e a concunhada de sua filha, Emília Campos.

Procurado pelo jornal, o governo de Roraima disse que a escolha obedece critérios "técnicos, de confiança e comprometimento" e que não viola a lei sobre nepotismo. Juristas afirmam que para cargos do primeiro escalão o STF permite a nomeação de parentes. "É imoral, antiético e coronelista, mas não é ilegal", disse um magistrado que preferiu não se identificar.

A atitude, no entanto, desagradou até o vice-governador, Paulo Cesar Quartiero (DEM). Ele disse que "não participou da escolha dos secretários e demais dirigentes da administração estadual" e replicou notícias  sobre o assunto, dizendo que "uma oligarquia" permaneceu à frente do Estado.