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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Câmara votará só no próximo semestre proposta de redução de jornada de trabalho Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/04/27/camara-votara-so-no-proximo-semestre-proposta-de-reducao-de-jornada-de-trabalho-924330233.asp#ixzz1Kk5J8zNY © 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

BRASÍLIA - Presidentes da centrais sindicais brasileiras reuniram-se na manhã desta terça-feira com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para discutir a pauta de votações de projetos de interesse dos trabalhadores. A ideia é iniciar, já em maio, a partir das comemorações do primeiro de maio, a pressão para a votação das propostas, mas uma das principais reivindicações da categoria - a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas- só será pautada no segundo semestre.
Tanto o presidente da Câmara, quanto os sindicalistas ponderaram que é preciso traçar uma estratégia da votação deste projeto, para evitar que ele seja derrotado em plenário. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), afirmou que irá conversar tanto com líderes partidários, quanto com a classe empresarial, para viabilizar a votação. A proposta de emenda constitucional que reduz de 44 para 40 horas está pronta para ir à votação no plenário da Câmara.
- Assim que a Câmara votar o Código Florestal, vamos dar início às manifestações no Congresso, nos aeroportos, em defesa da redução da jornada e fomos avisar Maia disso. Queremos negociar a votação com o empresariado, podemos trocar alguma coisa. Nós defendemos a redução da jornada e eles têm interesse na desoneração da folha de pagamento - disse Paulinho, da Força.
Já na próxima segunda, Paulinho tem jantar marcado com o empresário Jorge Gerdau e pretende se encontrar com o presidente e representantes da Confederação Nacional da Indústria nas duas semanas.
Além da redução, a pauta das centrais sindicais inclui ainda a votação do fim ou de mudanças no fator previdenciário, regulamentação do trabalho terceirizado e votação da Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que dá garantias contra a demissão imotivada. Segundo Paulinho da Força, as centrais irão se reunir para tentar chegar a um consenso sobre as mudanças no fator previdenciário. No caso da terceirização, Maia concordou em criar uma comissão especial para discutir os diversos projetos sobre o tema e, em 45 dias, apresentar um substituto que regulamente as relações de trabalho e garanta o direito dos trabalhadores, de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas.
A pauta comum exclui o debate sobre o fim do imposto sindical que divide as centrais. No primeiro de maio, além do calendário de lutas e votações no Congresso, as centrais irão defender a necessidade de redução de juros e do controle da inflação. Há também um movimento de unificação da luta das centrais com os movimentos sociais, como o MST e a União Nacional dos Trabalhadores. A ideia é marcar um dia para uma grande manifestação, nas principais capitais, em defesa dos direitos dos trabalhadores do campo e da cidade, explicou Paulinho.
O presidente da Câmara disse que é importante que a Casa faça o debate sobre a pauta de interesse dos trabalhadores:
- Agora é um momento oportuno para fazermos o debate da pauta de interesse dos trabalhadores, que dialogue com a sustentabilidade e o crescimento econômico e social que o país está vivendo - disse Maia.
Participaram do encontro com o presidente da Câmara, além de Paulinho da Força, o presidente da CUT, Artur Henrique, da CGTB, Antonio Neto,da UGT, Ricardo Patah, o Secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, Joílson Antonio Cardoso e o deputado federal Roberto Santiago (PV/SP), entre outros sindicalistas.

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