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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ibovespa fecha em queda de 1,29%


RIO - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta sexta-feira, encerrando a semana com perdas. O Ibovespa, índice de referência do mercado, caiu 1,29%, aos 52.447 pontos. Na semana, a queda foi de 1,92%.
O pregão deste sexta-feira foi marcado pela instabilidade, com o Ibovespa oscilando entre os campos negativo e positivo. O índice abriu em queda, chegando a perder 1,50%, mas inverteu a tendência por volta das 11h. Após subir 0,88%, o índice voltou ao negativo, por volta do meio-dia. De tarde, as perdas foram se acentuando e o fechamento foi próximo da mínima do dia.
Segundo especialistas, a instabilidade foi marcada pelos temores em relação à desaceleração da economia mundial, numa continuação da repercussão das más notícias de quinta-feira.
- O mercado vai operando nas notícias e os últimos indicadores têm mostrado desaceleração na economia dos EUA - diz Felipe Casotti, gestor de renda variável da Máxima Asset Management.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou com leve alta, encerrando a semana na casa dos R$ 1,60. Com alta de 0,19%, a moeda americana fechou cotada a R$ 1,600 para compra e R$ 1,602 para venda. Na semana, o dólar registrou queda de 0,59%.
Segundo especialistas, o mercado internacional de moedas tendeu para a desvalorização do dólar, mesmo com o cenário de aversão ao risco se mantendo. Para o sócio do Banco Modal responsável pelas áreas de câmbio e renda fixa, Luiz Eduardo Portella, o mercado está influenciado pelas perspectivas de desaceleração da economia nos EUA, o que pode levar a novas medidas de aumento de liquidez, enfraquecendo o dólar.
Por isso, as expectativas já se voltam para a semana que vem, cuja agenda inclui o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, na próxima sexta-feira.
- No discurso, Bernanke pode anunciar novas medidas para aumentar a liquidez - diz Portella.
Bolsas europeias têm perdas
Os mercados europeus encerraram o pregão com mais um dia de perdas. O Euro Stoxx 50, barômetro das 50 ações mais negociadas da zona do euro, recuou 2,15%. Em Londres, o FTSE 100 cedeu 1,01%. O CAC 40, de Paris, diminuiu 1,92%. Em Frankfurt, o DAX recuou 2,19%. Em Madri, o Ibex 35 perdeu 2,11%. O FTSE MIB, de Milão, fechou em baixa de 2,46%.
Os índices das principais bolsas europeias voltaram a apontar para baixo nesta sexta-feira, com os investidores preocupados com o ritmo de crescimento da economia após novas projeções divulgadas pelo JP Morgan.
A economia americana deve crescer menos do que o previsto nos próximos dois trimestres, ante o recuo da confiança do consumidor e a falta de ímpeto no mercado imobiliário, afirmou o JP Morgan. O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos vai crescer 1% no quarto trimestre deste ano, em vez dos 2,5% previstos anteriormente. No primeiro trimestre de 2012, a economia deve expandir-se 0,5%, e não 1,5%.
O mercado também soube nesta sexta-feira que o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha apresentou alta de 0,7% em julho na comparação com junho e de 5,8% frente a julho do ano passado. Os porcentuais superaram as previsões de analistas, de altas de 0,1% na comparação mensal e 5,6% na anual.
Mais uma vez, os bancos lideraram as perdas. Deutsche Bank caiu 5,2%, RBS perdeu 4,4%, Lloyds fechou em baixa de 4,8% e Unicredit declinou 5,8%.
Um dos poucos destaques positivos do dia foi a britânica Autonomy, cujas ações dispararam 76% depois que a empresa de software aceitou a proposta de compra de US$ 10,3 bilhões feita pela HP.
Maior queda na Bolsa de Seul desde 2008
As principais bolsas da Ásia fecharam em queda nesta sexta-feira, reforçando os temores de uma nova recessão global. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio encerrou o pregão em baixa de 2,51%. O Kospi, da Bolsa de Seul, despencou 6,22%, a maior desvalorização no mercado sul-coreano desde 2008. O Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, recuou 3,08%.

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