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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Marina dá apoio a movimento de senadores contra a corrupção


SÃO PAULO. Marina Silva se solidarizou com a frente suprapartidária contra a corrupção e a impunidade lançada por senadores para apoiar a faxina pretendida pela presidente Dilma Rousseff em setores do governo. De acordo com a ex-senadora, que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial do ano passado, Dilma precisa se apoiar na sociedade.
- Estou dizendo desde o início desse episódio que ela (Dilma)deveria ser apoiada pela sociedade. A corrupção não pode ser delegada como um problema do governo e sim um problema nosso. E se não tivermos uma ação política nesse sentido para que a escoria da política seja removida, (a corrupção) vai continuar aí por décadas - disse Marina nesta terça-feira, depois de participar do encontro anual da Fundação Dom Cabral, em São Paulo.
A ex-senadora afirma que já havia se antecipado ao tema quando defendeu o apoio da sociedade ao combate à corrupção quando surgiram as denúncias contra o Ministério dos Transportes. A terceira colocada na eleição presidencial também criticou a ênfase dada á polêmica do uso de algemas durante a Operação Voucher da Polícia Federal, quando integrantes da cúpula do Ministério do Turismo foram presos.
- A lei tem que ser cumprida, a gente não pode esquecer a razão pela qual foram algemados e ficar criticando as algemas. Se a Polícia Federal fez alguma coisa que extrapolou a lei, vê isso de acordo com os manuais de procedimento. Mas as pessoas estão fazendo discursos contras as algemas e esquecendo da corrução e dos corruptores.
Marina também atacou a oposição por estar usando os casos como bandeira para atacar o governo.
- Desde a campanha, não fico usando (escândalos) como bandeira política. Quero que a sociedade ajude o Brasil a passar a limpo as suas instituições. Entra governo e sai governo, você tem a repetição dos mesmos problemas.
Apesar do apoio à presidente Dilma, a ex-senadora não deixou de cobrar o governo. Primeiro, destacou que não pode haver diferença no tratamento das denúncias em razão do tamanho do partido.
_ Corrupção é corrupção. Não importa se é de partido grande ou pequeno. Deve ser tratada com todo vigor.
Por fim, cobrou do governo uma atitude para se antecipar aos escândalos que são denunciados pela imprensa.
- O Tribunal de Contas (da União) e o Ministério Público já têm esses relatórios (de constatação de irregularidades em ministérios). O governo tem que ver como pode se antecipar. Não pode virar um problema que só chega ao público quando a imprensa põe nas páginas dos jornais.

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