Parlamentar condenado à prisão pelo STF disse que se entregaria à polícia, mas não foi encontrado em Brasília; PF também foi acionada em Rondônia para localizá-lo
O deputado federal Natan
Donadon (PMDB-RO) não cumpriu o acordo firmado com a Polícia Federal
(PF) de se entregar na manhã desta quinta-feira, 27. Diante disso,
homens da PF estão nas ruas com a determinação de cumprir a ordem de
prisão. A Inteligência da PF foi acionada para monitorar todos os
possíveis pontos em que o deputado possa estar.
Postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em
estradas e também equipes em aeroportos já foram avisadas da ordem. A PF
trabalha neste momento considerando que Donadon ainda esteja em
Brasília. Mais cedo, policiais do Núcleo de Inteligência da PF estiveram
no apartamento do parlamentar, na capital federal. Em Rondônia,
policiais também foram acionados para tentar localizar o deputado.
Leia mais notícias sobre a condenação de Donadon:
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou ontem a prisão imediata do deputado
, condenado a 13 anos, 4 meses e 10 dias, em regime inicialmente
fechado, pelos crimes de formação de quadrilha e peculato. No final da
tarde desta quarta-feira, a ministra do STF Cármen Lúcia expediu mandado
de prisão imediata de Donadon. O mandado foi remetido para a PF, que
deverá realizar a detenção do parlamentar.
Câmara dos Deputados
A Câmara abriu na quarta-feira processo de cassação do
peemedebista. Pelo regimento interno da Câmara, o caso agora segue para a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde Donadon terá cinco
sessões para apresentar sua defesa. Depois disso, o processo segue para
plenário. São necessários 257 votos para que ele seja cassado. A
avaliação de deputados ouvidos pelo iG é que a Casa não vai querer arcar
com um "desgaste desnecessário" neste momento.
Em caso de confirmação de perda de mandato, ex-ministro
da Previdência Amir Lando (PMDB-RO) assumiria a vaga deixada por Natan
Donadon.
Defesa
Nabor Bulhões, o advogado do deputado, afirmou na Câmara
que a decisão do STF pela prisão do parlamentar não estaria de acordo
com a ordem jurídica e constitucional vigente, uma vez que Donadon está
em pleno exercício do mandato.
O advogado criticou a pena imposta a Donadon, uma vez que
o deputado seria apenas partícipe no crime pelo qual foi julgado.
Apesar de a decisão do Supremo ser definitiva, Bulhões explicou que
caberia uma ação de revisão criminal para igualar a pena à aplicada aos
outros réus no caso.
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia
expediu ontem o mandado de prisão contra Donadon. A ministra também
encaminhou ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN).
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