A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira um apelo de ex-prisioneiros de Abu Ghraib, no Iraque, que queriam processar forças de segurança americanas terceirizadas por tortura e abuso.
A mais alta instância da justiça americana rejeitou assim o pedido de cerca de 250 iraquianos que dizem ter sofrido abusos por parte dos interrogadores empregados por duas firmas, a CACI International Inc. e Titan Corp.
Dividido, o tribunal decidiu que as empresas tinham imunidade por trabalhar como contratadas do governo americano.
As firmas providenciavam interrogadores e intérpretes que assistiam os militares americanos na prisão -- protagonistas de um dos mais escandalosos casos de abusos com fotos de soldados americanos posando com detentos, alguns nus, em posições humilhantes e dolorosas.
Uma investigação militar concluiu que muito dos abusos registrados ocorreram no fim de 2003, quando ambas as empresas tinham interrogadores na prisão. A liderança militar decidiu que os abusos foram responsabilidade de alguns soldados e oficiais e que não envolvia uma política deliberada das Forças Armadas dos EUA.
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